Como evitar a traição
Ouvi hoje dizer que quem é casado e não trai (ou nunca traiu) é uma raridade e está, até, de Parabéns.
Confesso que esta afirmação me deixou perplexa porque, talvez ingenuamente, considero que o contrário é o correto.
Comecei a pensar por que é que as traições são tão banalizadas nos dias que correm. Será que são ou será que agora podemos falar abertamente sobre o assunto?
Ficam as minhas dicas para evitar sofrer uma traição e para evitar trair:
Sê clara/o - nada pior do que deixar alguém 'pendurado' a nós sem especificarmos qual o nosso interesse. Parece que nos dias que correm já não basta afirmar o estado civil, é necessário afirmar com a convicção de um Benfiquista "sim, sou casado/a e não estou interessado/a". Dizer 'Não' é o novo 'Sim', constou-me...
Não espalhes charme só porque sim - existem pessoas muito charmosas e que o fazem naturalmente, não sugiro que essas pessoas se transformem em ogres só para não atraírem o sexo oposto. Falo das que são artificialmente charmosas e que coleccionam uma legião de fãs, da forma mais passivo-agressiva que conheço. São viciadas em seduzir, jogam com as palavras, aproximam-se propositadamente com o único intuito de massagem ao ego. Por vezes, o tiro sai pela culatra e já presenciei o caçador tornar-se caça.
Evita brincadeiras - andar às cavalitas do colega, sentares-te ao colo, abraçares só porque o dia de trabalho correu bem... por mais inocente que seja, pensa se o farias com um colega do mesmo sexo e pelo qual não nutres qualquer atração. Qual é a barreira entre uma brincadeira de amigos e o flirt?
Controla as redes sociais - NÃO! Não estou a dizer para controlares o Facebook do marido ou da mulher estou a dizer para te controlares quando utilizas o chat até de madrugada para as conversas simples, mas cheias de malícia e duplo significado. Só servem para te enganares com o pensamento permissivo 'não tem mal nenhum'. Pois não, lá agora!
Não te armes em agente KGB - deixa o Outro respirar. Não o massacres com ciúmes, não o empurres para a traição com as tuas desconfianças e perseguições descabidas.
Apimenta a relação - isso que te apetece fazer com outra pessoa não pode mesmo ser feito com a pessoa que tens em casa? Essa chama toda que tens, todo o interesse pela pessoa nova (ou velha e reincidente) não pode mesmo ser canalizado para a tua outra metade? Deixa a preguiça de lado e quebra a rotina!
Aceita a estabilidade - Está na moda acabar relacionamentos porque se instalou a rotina. A estabilidade não é defeito, a instabilidade sim. Todo o ser humano precisa de alguma rotina no seu dia-a-dia. O Sol nasce e o Sol se põe para dar lugar à noite, é assim todos os dias desde que o mundo é mundo. É assim que queremos, no entanto, o Eclipse é sempre notícia, porquê? Quebra de rotina!
Avalia o risco - Vale a pena perderes o que tens por uma aventura? Avalia. Se for preciso, pede ajuda, alguém saberá escutar e aconselhar. Não é certo querermos dois pássaros na mão, a sabedoria popular diz que mais vale um na mão do que dois a voar.
Não sejas leviano/a - Percebo que existam muitas solicitações, entendo que uma relação duradoura tenha os seus dias maus, mas existem pessoas que têm amantes quase por desporto. Hoje um/a, amanhã outro/a e chegam ao dia em que não cabem nos dedos de uma mão. Não és monógamo/a? Ninguém te condena desde que sejas solteiro/a!
Reza - se fores religioso/a, acreditarás que estás a pecar. Reza e pede iluminação. Não cedas.
Costumo dizer que ninguém é de ninguém. I don't belong to you and you don't belong to me, já cantava George Michael no hit dos anos 90 Freedom.
Precisamos ser livres para amar e precisamos dar liberdade a quem amamos.
Acima de tudo, devemos ser fiéis a nós próprios.
Precisamos ser livres para amar e precisamos dar liberdade a quem amamos.
Acima de tudo, devemos ser fiéis a nós próprios.
Sem comentários:
Enviar um comentário